No dia 28 de novembro de 2016, um avião da empresa boliviana LaMia que transportava a equipe da Associação Chapecoense de Futebol caiu nas proximidades de Medellín, na Colômbia. Dos 77 ocupantes do avião, 71 morreram, incluindo jogadores, membros da comissão técnica, dirigentes do clube, jornalistas e tripulantes.

Não faltaram solidariedade e comoção após o acidente: fãs de futebol em todo o mundo prestaram homenagens à Chapecoense e aos seus heróis, e os sobreviventes puderam contar com o apoio de diversos clubes, atletas e torcedores. No entanto, passados quase cinco anos, a dor da perda ainda não se dissipou completamente.

A Chapecoense era um time modesto do oeste de Santa Catarina que, contra todas as expectativas, havia alcançado a final da Copa Sul-Americana, uma das principais competições continentais do futebol. A expectativa em torno daquele jogo era grande, e a tragédia que o precedeu transformou o evento em uma homenagem póstuma às vítimas.

O impacto que o acidente teve na cidade de Chapecó e em todo o Brasil foi enorme. Durante semanas, o país parou para prestar tributo à equipe e aos seus familiares, num gesto de solidariedade que uniu todo o país. Houve vigílias, missas, funerais e uma grande celebração emocionada pelo futebol e pela vida.

Mas a tragédia da Chapecoense foi muito mais do que um episódio lamentável do esporte ou um acidente aéreo. Ela deixou marcas profundas na sociedade brasileira, expondo as fragilidades da infraestrutura aeroportuária do país e as dificuldades das equipes, especialmente aquelas menos estruturadas, em garantir condições seguras de transporte para seus atletas.

Além disso, o acidente colocou em evidência a importância do papel social do esporte no Brasil. A Chapecoense era uma equipe que representava o sonho de uma cidade e de milhares de torcedores, e seu sucesso trazia esperança e alegria para uma região do país que historicamente havia sido marginalizada.

Ainda hoje, a perda da Chapecoense é sentida intensamente pelos seus seguidores, pelos amantes do futebol e por todos aqueles que se solidarizaram com a tragédia. Embora a equipe tenha se reerguido após o acidente e conquistado títulos importantes, como o Campeonato Catarinense, em 2017, a ferida deixada pela queda do avião ainda está aberta.

O esporte pode ser uma fonte de alegria e esperança para as pessoas, mas a tragédia da Chapecoense nos mostra que ele também pode nos causar dor e sofrimento. Resta-nos honrar a memória dos que se foram, valorizando tudo aquilo que eles representavam e lutando por um mundo mais justo e seguro para todos.